Apesar de viverem mais, mulheres passam mais tempo com menos saúde
- terça-feira, 11 de fevereiro de 2025.
Uma pesquisa recente do McKinsey Health Institute (MHI) destacou as desigualdades enfrentadas pelas mulheres no setor de saúde. Embora as mulheres tenham uma expectativa de vida maior, elas, além de passarem menos tempo saudáveis, enfrentam custos mais elevados e desafios consideráveis em relação ao cuidado com a saúde.
As mulheres gastam em média 18% a mais em cuidados de saúde do que os homens. Além disso, devido ao papel frequentemente assumido como cuidadoras, muitas mulheres negligenciam seus próprios cuidados, o que resulta em diagnósticos errados ou tardios de mais de 700 doenças. Durante seus anos produtivos, as mulheres passam 25% mais tempo com a saúde comprometida do que os homens, o que desafia a noção de que elas vivem mais por terem melhor saúde.
Stephanie Sassman, líder da saúde da mulher para Genentech/Roche, observa que essa realidade contribui para que as mulheres, apesar de viverem mais, passem mais tempo com saúde debilitada. Valentina Sartori, da McKinsey & Company, destaca que apenas uma pequena porcentagem das doenças que afetam as mulheres está relacionada a condições específicas do sexo feminino. Muitas doenças afetam as mulheres de forma desproporcional, como as doenças autoimunes e enxaquecas.
Há evidências de que as mulheres são levadas menos a sério nas consultas médicas. Um estudo publicado na *Proceedings of the National Academy of Sciences* revelou que médicos tratam a dor de homens e mulheres de maneira desigual. Médicos muitas vezes percebem as mulheres como exageradas quando relatam dor, enquanto os homens são vistos como estoicos.
A pesquisa analisou registros de pacientes em hospitais dos Estados Unidos e Israel e constatou que as mulheres têm 10% menos probabilidade de ter sua dor registrada adequadamente. Elas também esperam mais tempo por atendimento e têm menos chances de receber analgésicos.
Além das desigualdades de gênero, a desigualdade racial também é significativa. No Brasil, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) mostra que as mulheres negras têm um acesso reduzido à saúde em comparação com as mulheres brancas. Dados indicam que 11,9% dos negros e 11,4% dos pardos sofreram discriminação nos serviços de saúde. As mulheres negras representam mais de 28% da população brasileira, totalizando 60,6 milhões.
Este panorama evidencia a necessidade urgente de se abordar e transformar as desigualdades de gênero e raça nos sistemas de saúde para garantir que todas as mulheres tenham acesso igualitário e justo aos cuidados médicos.
SindJustiçaRN, com Revista Fórum
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As mulheres gastam em média 18% a mais em cuidados de saúde do que os homens. Além disso, devido ao papel frequentemente assumido como cuidadoras, muitas mulheres negligenciam seus próprios cuidados, o que resulta em diagnósticos errados ou tardios de mais de 700 doenças. Durante seus anos produtivos, as mulheres passam 25% mais tempo com a saúde comprometida do que os homens, o que desafia a noção de que elas vivem mais por terem melhor saúde.
Stephanie Sassman, líder da saúde da mulher para Genentech/Roche, observa que essa realidade contribui para que as mulheres, apesar de viverem mais, passem mais tempo com saúde debilitada. Valentina Sartori, da McKinsey & Company, destaca que apenas uma pequena porcentagem das doenças que afetam as mulheres está relacionada a condições específicas do sexo feminino. Muitas doenças afetam as mulheres de forma desproporcional, como as doenças autoimunes e enxaquecas.
Há evidências de que as mulheres são levadas menos a sério nas consultas médicas. Um estudo publicado na *Proceedings of the National Academy of Sciences* revelou que médicos tratam a dor de homens e mulheres de maneira desigual. Médicos muitas vezes percebem as mulheres como exageradas quando relatam dor, enquanto os homens são vistos como estoicos.
A pesquisa analisou registros de pacientes em hospitais dos Estados Unidos e Israel e constatou que as mulheres têm 10% menos probabilidade de ter sua dor registrada adequadamente. Elas também esperam mais tempo por atendimento e têm menos chances de receber analgésicos.
Além das desigualdades de gênero, a desigualdade racial também é significativa. No Brasil, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) mostra que as mulheres negras têm um acesso reduzido à saúde em comparação com as mulheres brancas. Dados indicam que 11,9% dos negros e 11,4% dos pardos sofreram discriminação nos serviços de saúde. As mulheres negras representam mais de 28% da população brasileira, totalizando 60,6 milhões.
Este panorama evidencia a necessidade urgente de se abordar e transformar as desigualdades de gênero e raça nos sistemas de saúde para garantir que todas as mulheres tenham acesso igualitário e justo aos cuidados médicos.
SindJustiçaRN, com Revista Fórum
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