Coletivo de Mulheres é fundado em Encontro da Fenajud
- sexta-feira, 3 de janeiro de 2020.
Acolhimento, emponderamento e transformação: essas palavras definiram o I Encontro Nacional de Mulheres da Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) realizado no dia 12 de dezembro, em Belo Horizonte (MG). Dedicado integralmente ao debate sobre os desafios e perspectivas, tanto na política como no mundo sindical, as trabalhadoras do judiciário estadual refletiram sobre o lugar que ocupam e onde querem chegar.
Diante de diversos relatos emocionantes e de palestras ministradas por duas mulheres de luta - Deputada Beatriz Cerqueira e a Doutora Lívia Natália, as participantes puderam conhecer e contribuir com o projeto final do Coletivo de Mulheres da Fenajud - fundado nesta primeira edição. Modelo será levado aos estados por meio de encontros estaduais, em 2020.
A abertura foi feita pelas dirigentes da Fenajud, Sandra Silvestrini e Ana Paula Araújo, coordenadora geral e coordenadora de Gênero e Etnia, respectivamente. Em sua fala, Ana Paula ressaltou a história de mulheres negras inspiradoras que marcaram história no Brasil e no mundo. Ela fez referência às dificuldades enfrentadas pelas mulheres ainda nos dias atuais, como também no ambiente de trabalho e de luta. A coordenadora ponderou que "somente ocupando espaço de poder nas entidades sindicais, partilhando igualmente os postos de comando e direção, as mulheres poderão garantir as reivindicações específicas".
Enquanto isso, Sandra relatou a satisfação do sindicato de base, Serjusmig, em receber a atividade no estado de Minas Gerais e a importância de debates como este nas entidades filiadas à Fenajud. Para ela, "o Encontro é mais uma oportunidade de mostrar que a Fenajud dá voz a todas as mulheres". Ela ressaltou ainda que "durante a atividade as dirigentes puderam perceber que, na prática, faltam mulheres nas instâncias de poder. Embora sejam maioria, as mulheres estão fora desses espaços".
O primeiro painel do dia foi ministrado pela Deputada Estadual do Estado de Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, que ministrou a palestra sobre "O papel da Mulher na Organização Sindical e na Política". A parlamentar ressaltou a necessidade das mulheres ocuparem os espaços de fala,. "Precisamos de mulheres na política que possam lutar por mais mulheres", disse.
A professora Lívia Natália, que esteve na segunda mesa do dia sob a mediação da coordenadora regional Centro-Oeste, Andrea Ferreira, iniciou o debate bem humorado questionando "o que é feminismo?". Diante das respostas, ela apresentou o que a maioria da sociedade pensa e o que realmente é. Com isso, seu discurso girou em torno do gênero, empoderamento feminino, da defesa dos direitos das mulheres e do combate a todas as formas de opressão.
Durante sua exposição, Lívia abriu espaço de fala e diversas mulheres relataram através de depoimentos emocionados histórias de violência, preconceito e abusos. Sobre isso, Andrea ressaltou que isso só foi possível graças ao acolhimento possibilitado no Encontro. "Foi um momento de união, de companheirismo e todas se sentiram em um lugar seguro, acolhidas. As histórias relatadas nos emocionaram e fomos transformadas. Depois desse Encontro de Mulheres, nunca mais seremos as mesmas", disse.
O Coletivo
Um dos momentos mais aguardados do Encontro foi a segunda parte do evento, dedicada à construção do Coletivo de Mulheres. As coordenadoras, Climeni Rodrigues e Adriana Pondé apresentaram a prévia do documento para que as participantes pudessem conhecer na íntegra e assim colaborar com a formatação do Coletivo de Mulheres. Um dos pontos destacados no texto é que o Coletivo irá atuar pela ampliação de mulheres nos espaços de poder e de atuação, pela valorização profissional das trabalhadoras do judiciário estadual, pelo Estado Democrático de Direito, pela soberania nacional e por uma sociedade justa e igualitária.
Climeni disse que durante o Encontro de Mulheres, as participantes discutiram as ações futuras e locais do país que necessitarão de implementação de uma política voltada para valorização e empoderamento das trabalhadoras. Sobre os objetivos do Coletivo ela conta que "O Coletivo irá promover a expansão do espaço feminino no judiciário brasileiro, nos sindicatos e na sociedade. O trabalho será desenvolvido por uma série de encontros, oficinas, vídeos e palestras."
Adriana aponta que tendo a Fenajud como protagonista, as ações propostas visam desenvolver ações educativas de sociabilidade, arte e cultura, oportunizando as discussões das suas condições de cidadãs/trabalhadoras. Há a necessidade de fazer essas mulheres se verem na sociedade e no seu ambiente de trabalho como membro participante e determinante, capaz de interagir, mudar e transformar. "Assim, para que isso se torne efetivo, serão necessárias ações educativas que promovam o resgate de suas identidades e autonomia", pondera.
Calendário
Após a formatação do Coletivo, as participantes organizaram as próximas atividades que serão realizadas em diferentes estados no ano de 2020. As datas e locais dos Encontros serão divulgados oportunamente.
Fonte: Fenajud
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Diante de diversos relatos emocionantes e de palestras ministradas por duas mulheres de luta - Deputada Beatriz Cerqueira e a Doutora Lívia Natália, as participantes puderam conhecer e contribuir com o projeto final do Coletivo de Mulheres da Fenajud - fundado nesta primeira edição. Modelo será levado aos estados por meio de encontros estaduais, em 2020.
A abertura foi feita pelas dirigentes da Fenajud, Sandra Silvestrini e Ana Paula Araújo, coordenadora geral e coordenadora de Gênero e Etnia, respectivamente. Em sua fala, Ana Paula ressaltou a história de mulheres negras inspiradoras que marcaram história no Brasil e no mundo. Ela fez referência às dificuldades enfrentadas pelas mulheres ainda nos dias atuais, como também no ambiente de trabalho e de luta. A coordenadora ponderou que "somente ocupando espaço de poder nas entidades sindicais, partilhando igualmente os postos de comando e direção, as mulheres poderão garantir as reivindicações específicas".
Enquanto isso, Sandra relatou a satisfação do sindicato de base, Serjusmig, em receber a atividade no estado de Minas Gerais e a importância de debates como este nas entidades filiadas à Fenajud. Para ela, "o Encontro é mais uma oportunidade de mostrar que a Fenajud dá voz a todas as mulheres". Ela ressaltou ainda que "durante a atividade as dirigentes puderam perceber que, na prática, faltam mulheres nas instâncias de poder. Embora sejam maioria, as mulheres estão fora desses espaços".
O primeiro painel do dia foi ministrado pela Deputada Estadual do Estado de Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, que ministrou a palestra sobre "O papel da Mulher na Organização Sindical e na Política". A parlamentar ressaltou a necessidade das mulheres ocuparem os espaços de fala,. "Precisamos de mulheres na política que possam lutar por mais mulheres", disse.
A professora Lívia Natália, que esteve na segunda mesa do dia sob a mediação da coordenadora regional Centro-Oeste, Andrea Ferreira, iniciou o debate bem humorado questionando "o que é feminismo?". Diante das respostas, ela apresentou o que a maioria da sociedade pensa e o que realmente é. Com isso, seu discurso girou em torno do gênero, empoderamento feminino, da defesa dos direitos das mulheres e do combate a todas as formas de opressão.
Durante sua exposição, Lívia abriu espaço de fala e diversas mulheres relataram através de depoimentos emocionados histórias de violência, preconceito e abusos. Sobre isso, Andrea ressaltou que isso só foi possível graças ao acolhimento possibilitado no Encontro. "Foi um momento de união, de companheirismo e todas se sentiram em um lugar seguro, acolhidas. As histórias relatadas nos emocionaram e fomos transformadas. Depois desse Encontro de Mulheres, nunca mais seremos as mesmas", disse.
O Coletivo
Um dos momentos mais aguardados do Encontro foi a segunda parte do evento, dedicada à construção do Coletivo de Mulheres. As coordenadoras, Climeni Rodrigues e Adriana Pondé apresentaram a prévia do documento para que as participantes pudessem conhecer na íntegra e assim colaborar com a formatação do Coletivo de Mulheres. Um dos pontos destacados no texto é que o Coletivo irá atuar pela ampliação de mulheres nos espaços de poder e de atuação, pela valorização profissional das trabalhadoras do judiciário estadual, pelo Estado Democrático de Direito, pela soberania nacional e por uma sociedade justa e igualitária.
Climeni disse que durante o Encontro de Mulheres, as participantes discutiram as ações futuras e locais do país que necessitarão de implementação de uma política voltada para valorização e empoderamento das trabalhadoras. Sobre os objetivos do Coletivo ela conta que "O Coletivo irá promover a expansão do espaço feminino no judiciário brasileiro, nos sindicatos e na sociedade. O trabalho será desenvolvido por uma série de encontros, oficinas, vídeos e palestras."
Adriana aponta que tendo a Fenajud como protagonista, as ações propostas visam desenvolver ações educativas de sociabilidade, arte e cultura, oportunizando as discussões das suas condições de cidadãs/trabalhadoras. Há a necessidade de fazer essas mulheres se verem na sociedade e no seu ambiente de trabalho como membro participante e determinante, capaz de interagir, mudar e transformar. "Assim, para que isso se torne efetivo, serão necessárias ações educativas que promovam o resgate de suas identidades e autonomia", pondera.
Calendário
Após a formatação do Coletivo, as participantes organizaram as próximas atividades que serão realizadas em diferentes estados no ano de 2020. As datas e locais dos Encontros serão divulgados oportunamente.
Fonte: Fenajud
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