Janeiro Branco: Brasil é o país com a maior prevalência de depressão na América Latina
- quarta-feira, 17 de janeiro de 2024.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% da população mundial sofre com transtornos mentais, o que corresponderia, aproximadamente, a 720 milhões de pessoas. Sendo janeiro o primeiro mês do ano, ele foi escolhido propositalmente para a intensificação do debate, campanhas e ações sobre saúde mental através do movimento "Janeiro Branco".
Janeiro é considerado, por muitos, como um portal entre ciclos que se fecham e ciclos que se abrem, e a cor branca representa, simbolicamente, "folhas ou telas em branco" sobre as quais podemos projetar, escrever ou desenhar expectativas, desejos, histórias ou mudanças com as quais sonhamos e as quais desejamos concretizar.
Dados do relatório "Depressão e outros transtornos mentais", da OMS, de 2023, revelam que o Brasil é o país com a maior prevalência de depressão na América Latina, mas o número de pessoas que sofrem de doenças mentais comuns está aumentando no mundo inteiro. Esse é um problema que atinge pessoas de todas as classes sociais, e é considerada a terceira maior causa de afastamento do trabalho no Brasil, segundo o Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho divulgado pelo TRT-13, no ano passado.
Sabendo da importância do "Janeiro Branco", que nasceu em 2014, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) aderiu ao movimento este ano e ouviu a psicóloga Rita Rocha (CRP 01/19406) sobre o tema.
Rita Rocha destacou que essa é uma campanha nacional, porém, além da prevenção, é destacada a manutenção da saúde mental de toda a população: "Apesar de ter um mês específico, é para lembrarmos de termos saúde mental de janeiro a janeiro. A gente precisa ter consciência emocional. Isso que essa campanha nacional de saúde nos traz: promoção de saúde mental como um todo. Trazer à luz questões emocionais, que são tabus. Agora, essa campanha virou Lei (14.556/23), foi regulamentada no mês de abril e é voltada para a prevenção e à promoção da saúde mental, que visa trazer luz para entender quando buscar ajuda e qual caminho seguir".
"A saúde mental é tão ou mais importante que a saúde física. Infelizmente, as pessoas não têm essa consciência ou noção. Muitas vezes os sintomas físicos já são a somatização. Se você cuidar das suas emoções, dificilmente iriam manifestar problemas no corpo, porque o nosso organismo é sábio. A partir dos sinais, como alteração do sono, alteração do apetite, pensamentos negativos, respiração alterada, tudo isso são sinais, para que a pessoa entenda que precisa buscar recursos para lidar com aquilo", acrescentou a psicóloga.
Para especialistas, o sofrimento emocional, associado ou não a um transtorno mental, pode ser prevenido ou atenuado se as pessoas conhecerem estratégias para cuidar da saúde mental. Reconhecer e nomear a emoção é o primeiro passo. "Buscar ajuda profissional é importante para alcançar melhor qualidade de vida, pois a partir daí é possível encontrar caminhos terapêuticos para lidar com os problemas emocionais. A gente deve procurar ajuda profissional toda às vezes que não soubermos lidar com alguma questão, seja ela qual for", pontua.
Entre as dicas de especialistas da área da saúde para melhorar a saúde mental, estão: realizar a prática de exercício físico, criar o hábito de não acumular muitas funções, manter uma alimentação saudável, manter noites de sono regulares e até mesmo ter alguns momentos de ócio.
Onde buscar ajuda?
Entre eles estão, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) - que desempenham um papel crucial na proteção e garantia dos direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais - e as unidades de saúde, dedicadas ao atendimento de indivíduos que sofrem de transtorno ou estão enfrentando sofrimento mental. As unidades de saúde fornecem ainda as informações sobre os serviços de saúde mental na região.
A população também conta com hospitais, clínicas e Unidades Básicas de Saúde que podem direcionar e orientar as pessoas que necessitam de cuidados em saúde mental para essas instituições especializadas.
Assessoria SindJustiçaRN, com Fenajud e Agência Brasil
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Janeiro é considerado, por muitos, como um portal entre ciclos que se fecham e ciclos que se abrem, e a cor branca representa, simbolicamente, "folhas ou telas em branco" sobre as quais podemos projetar, escrever ou desenhar expectativas, desejos, histórias ou mudanças com as quais sonhamos e as quais desejamos concretizar.
Dados do relatório "Depressão e outros transtornos mentais", da OMS, de 2023, revelam que o Brasil é o país com a maior prevalência de depressão na América Latina, mas o número de pessoas que sofrem de doenças mentais comuns está aumentando no mundo inteiro. Esse é um problema que atinge pessoas de todas as classes sociais, e é considerada a terceira maior causa de afastamento do trabalho no Brasil, segundo o Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho divulgado pelo TRT-13, no ano passado.
Sabendo da importância do "Janeiro Branco", que nasceu em 2014, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) aderiu ao movimento este ano e ouviu a psicóloga Rita Rocha (CRP 01/19406) sobre o tema.
Rita Rocha destacou que essa é uma campanha nacional, porém, além da prevenção, é destacada a manutenção da saúde mental de toda a população: "Apesar de ter um mês específico, é para lembrarmos de termos saúde mental de janeiro a janeiro. A gente precisa ter consciência emocional. Isso que essa campanha nacional de saúde nos traz: promoção de saúde mental como um todo. Trazer à luz questões emocionais, que são tabus. Agora, essa campanha virou Lei (14.556/23), foi regulamentada no mês de abril e é voltada para a prevenção e à promoção da saúde mental, que visa trazer luz para entender quando buscar ajuda e qual caminho seguir".
"A saúde mental é tão ou mais importante que a saúde física. Infelizmente, as pessoas não têm essa consciência ou noção. Muitas vezes os sintomas físicos já são a somatização. Se você cuidar das suas emoções, dificilmente iriam manifestar problemas no corpo, porque o nosso organismo é sábio. A partir dos sinais, como alteração do sono, alteração do apetite, pensamentos negativos, respiração alterada, tudo isso são sinais, para que a pessoa entenda que precisa buscar recursos para lidar com aquilo", acrescentou a psicóloga.
Para especialistas, o sofrimento emocional, associado ou não a um transtorno mental, pode ser prevenido ou atenuado se as pessoas conhecerem estratégias para cuidar da saúde mental. Reconhecer e nomear a emoção é o primeiro passo. "Buscar ajuda profissional é importante para alcançar melhor qualidade de vida, pois a partir daí é possível encontrar caminhos terapêuticos para lidar com os problemas emocionais. A gente deve procurar ajuda profissional toda às vezes que não soubermos lidar com alguma questão, seja ela qual for", pontua.
Entre as dicas de especialistas da área da saúde para melhorar a saúde mental, estão: realizar a prática de exercício físico, criar o hábito de não acumular muitas funções, manter uma alimentação saudável, manter noites de sono regulares e até mesmo ter alguns momentos de ócio.
Onde buscar ajuda?
Entre eles estão, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) - que desempenham um papel crucial na proteção e garantia dos direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais - e as unidades de saúde, dedicadas ao atendimento de indivíduos que sofrem de transtorno ou estão enfrentando sofrimento mental. As unidades de saúde fornecem ainda as informações sobre os serviços de saúde mental na região.
A população também conta com hospitais, clínicas e Unidades Básicas de Saúde que podem direcionar e orientar as pessoas que necessitam de cuidados em saúde mental para essas instituições especializadas.
Assessoria SindJustiçaRN, com Fenajud e Agência Brasil
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