Licenças médicas por saúde mental batem recorde no Brasil
- terça-feira, 11 de março de 2025.
Nesta segunda-feira, 10, o G1 divulgou a notícia de que o Brasil vive uma crise de saúde mental com impacto direto na vida de trabalhadores e de empresas. Os dados são do Ministério da Previdência Social e falam da quantidade de afastamentos do trabalho em 2024. Segundo as informações coletadas pelo site, foram quase meio milhão de afastamentos, o maior número em pelo menos dez anos.
Na comparação com 2023, as 472.328 licenças médicas concedidas representam um aumento de 68%. A explicação para esse crescimento, de acordo com psiquiatras e psicólogos, é reflexo da situação do mercado de trabalho e das cicatrizes da pandemia, entre outros pontos.
Quando falamos do Rio Grande do Norte, em 2024, o número de pessoas afastadas por saúde mental chega a 8.043; por ansiedade, são 2.525; e por depressão, um total de 1.585 trabalhadoras e trabalhadores.
Diante desse cenário, o Ministério do Trabalho anunciou a atualização da NR-1, que é a norma com as diretrizes sobre saúde no ambiente de trabalho. Agora, o tema passa a ser fiscalizado nas empresas e pode, inclusive, render multas.
Em 2024, foram 3,5 milhões de pedidos de licença no INSS motivados por várias doenças. Desse total, 472 mil solicitações foram atendidas por questões de saúde mental. No ano anterior, foram 283 mil benefícios concedidos por esse motivo. Ou seja, um aumento de 68% e um marco na série histórica dos últimos 10 anos.
Os dados do INSS permitem traçar um perfil dos trabalhadores atendidos: a maioria é mulher (64%), com idade média de 41 anos, e com quadros de ansiedade e depressão. Elas passam até três meses afastadas do trabalho.
Especialistas explicam que as mulheres são a maioria por fatores sociais: a sobrecarga de trabalho, a menor remuneração, a responsabilidade pelo cuidado familiar e a violência.
Segundo o último Censo, as mulheres mantêm financeiramente 49,1% dos lares brasileiros. Isso significa 35 milhões de famílias pelo país. E a maioria está na faixa etária a partir de 40 anos, a mesma idade média dos afastamentos.
Por outro lado, a mulher também pede mais ajuda e é mais aberta a procurar soluções nos consultórios médicos. Esse é um fator que facilita o diagnóstico desses tipos de transtornos.
Os transtornos mentais são multifatoriais e, de acordo com os especialistas, não há uma explicação única para o que está acontecendo. Algumas questões podem ser destacadas, inclusive as cicatrizes da pandemia e a sobrecarga de trabalho.
Saúde mental das trabalhadoras e trabalhadores do Judiciário
Em setembro de 2024, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) promoveu uma live com o coordenador de Saúde e Previdência, Ivonaldo Batista, e a professora do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da Universidade de Brasília (UnB), Ana Magnólia Mendes, sobre a importância de ações efetivas que promovam a saúde mental no Judiciário.
Durante a transmissão, ambos citaram a importância de cuidar da saúde mental, especialmente em um setor tão exigente e estressante como o Judiciário. O evento trouxe à tona questões como o impacto da pressão no trabalho, o estigma em torno da saúde mental e a necessidade de espaços de acolhimento e diálogo. A live destacou a importância de iniciativas que promovam a saúde mental e ofereçam suporte às trabalhadoras e aos trabalhadores.
Confira aqui a live, na íntegra!
Assessoria SindJustiçaRN, com G1 e Fenajud
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Na comparação com 2023, as 472.328 licenças médicas concedidas representam um aumento de 68%. A explicação para esse crescimento, de acordo com psiquiatras e psicólogos, é reflexo da situação do mercado de trabalho e das cicatrizes da pandemia, entre outros pontos.
Quando falamos do Rio Grande do Norte, em 2024, o número de pessoas afastadas por saúde mental chega a 8.043; por ansiedade, são 2.525; e por depressão, um total de 1.585 trabalhadoras e trabalhadores.
Diante desse cenário, o Ministério do Trabalho anunciou a atualização da NR-1, que é a norma com as diretrizes sobre saúde no ambiente de trabalho. Agora, o tema passa a ser fiscalizado nas empresas e pode, inclusive, render multas.
Em 2024, foram 3,5 milhões de pedidos de licença no INSS motivados por várias doenças. Desse total, 472 mil solicitações foram atendidas por questões de saúde mental. No ano anterior, foram 283 mil benefícios concedidos por esse motivo. Ou seja, um aumento de 68% e um marco na série histórica dos últimos 10 anos.
Os dados do INSS permitem traçar um perfil dos trabalhadores atendidos: a maioria é mulher (64%), com idade média de 41 anos, e com quadros de ansiedade e depressão. Elas passam até três meses afastadas do trabalho.
Especialistas explicam que as mulheres são a maioria por fatores sociais: a sobrecarga de trabalho, a menor remuneração, a responsabilidade pelo cuidado familiar e a violência.
Segundo o último Censo, as mulheres mantêm financeiramente 49,1% dos lares brasileiros. Isso significa 35 milhões de famílias pelo país. E a maioria está na faixa etária a partir de 40 anos, a mesma idade média dos afastamentos.
Por outro lado, a mulher também pede mais ajuda e é mais aberta a procurar soluções nos consultórios médicos. Esse é um fator que facilita o diagnóstico desses tipos de transtornos.
Os transtornos mentais são multifatoriais e, de acordo com os especialistas, não há uma explicação única para o que está acontecendo. Algumas questões podem ser destacadas, inclusive as cicatrizes da pandemia e a sobrecarga de trabalho.
Saúde mental das trabalhadoras e trabalhadores do Judiciário
Em setembro de 2024, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) promoveu uma live com o coordenador de Saúde e Previdência, Ivonaldo Batista, e a professora do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da Universidade de Brasília (UnB), Ana Magnólia Mendes, sobre a importância de ações efetivas que promovam a saúde mental no Judiciário.
Durante a transmissão, ambos citaram a importância de cuidar da saúde mental, especialmente em um setor tão exigente e estressante como o Judiciário. O evento trouxe à tona questões como o impacto da pressão no trabalho, o estigma em torno da saúde mental e a necessidade de espaços de acolhimento e diálogo. A live destacou a importância de iniciativas que promovam a saúde mental e ofereçam suporte às trabalhadoras e aos trabalhadores.
Confira aqui a live, na íntegra!
Assessoria SindJustiçaRN, com G1 e Fenajud
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