SindJustiça/RN participa junto à Fenajud das mobilizações do Novembro Antirracista
- quarta-feira, 9 de novembro de 2022.
Neste mês é celebrado, no dia 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra. A data, oficializada pela lei 12.519/2011, pela então presidenta Dilma Rousseff, foi escolhida para homenagear Zumbi, o líder do Quilombo de Palmares, que morreu nesse dia, em 1695. Para ressaltar a importância da data, mais ainda o que ela simboliza, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) junto às entidades filiadas, entre elas o SindJustiça/RN, lançou nesta semana o "Novembro Antirracista - Por um país livre de racismo".
Ao longo do mês a Fenajud, o SindJustiça/RN e demais entidades pretendem levar ao conhecimento do público temas necessários para a reflexão, que inspirem a luta, resistência do povo negro, que historicamente tem sido vitimado pelo racismo articulado nas diversas esferas da sociedade. O material vai abordar em cards informativos, vídeos, textos e dados da segregação, do racismo e os desafios impostos à população negra.
Apesar de mais da metade dos habitantes do país ser negra - 54% da população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE) - são os brancos que ocupam as maiores parcelas nos índices econômicos e sociais. Ao olhar para o processo de construção social do país e as marcantes desigualdades devemos considerar barreiras provocadas por um histórico de desumanização da população negra que durou cerca de 358 anos, com o processo escravocrata.
Após a abolição, a segregação dos negros foi estrategicamente silenciosa. O negro/negra pós-abolição se viu com a vida cerceada, desprovido de terra, de acesso à educação e qualificação profissional, restando a ele/ela buscar as periferias urbanas como local de moradia, o trabalho nas estradas de ferro, nas docas, ou permanecer junto a seus antigos senhores em situação servil
Para o SindJustiça/RN, assim como para a Fenajud e demais entidades sindicais, a campanha se faz necessária por diversos motivos, entre os quais conscientizar nossas bases, vinculadas ao Poder Judiciário, onde há pouca presença de negras e negros. Hoje dentro do Poder Judiciário, segundo a Pesquisa Sobre Negros e Negras no Poder Judiciário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 2021, temos que: o grupo de estagiários(as) é o de maior percentual de pessoas negras (33,9%), seguido do grupo de servidores(as) com 30% e magistrados(as) com 12,8%.
Isso se deve à estrutura extremamente rígida, hierarquizada, elitista e fechada, que não permite o acesso dessas pessoas, a não ser como como vítima ou autor de violência e crimes, não tanto quanto aquele ou aquela que vai pacificar ou julgar.
Outra razão pela qual a campanha se faz necessária é porque as entidades sindicais, diante de seu papel social, têm o dever de mostrar a luta do povo brasileiro para existir e resistir, e trazer à tona a necessidade de se debater o fim do racismo de forma incisiva, para que se combata todas as formas de opressão, sejam elas políticas, sociais ou policiais.
.
Voltar
Ao longo do mês a Fenajud, o SindJustiça/RN e demais entidades pretendem levar ao conhecimento do público temas necessários para a reflexão, que inspirem a luta, resistência do povo negro, que historicamente tem sido vitimado pelo racismo articulado nas diversas esferas da sociedade. O material vai abordar em cards informativos, vídeos, textos e dados da segregação, do racismo e os desafios impostos à população negra.
Apesar de mais da metade dos habitantes do país ser negra - 54% da população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE) - são os brancos que ocupam as maiores parcelas nos índices econômicos e sociais. Ao olhar para o processo de construção social do país e as marcantes desigualdades devemos considerar barreiras provocadas por um histórico de desumanização da população negra que durou cerca de 358 anos, com o processo escravocrata.
Após a abolição, a segregação dos negros foi estrategicamente silenciosa. O negro/negra pós-abolição se viu com a vida cerceada, desprovido de terra, de acesso à educação e qualificação profissional, restando a ele/ela buscar as periferias urbanas como local de moradia, o trabalho nas estradas de ferro, nas docas, ou permanecer junto a seus antigos senhores em situação servil
Para o SindJustiça/RN, assim como para a Fenajud e demais entidades sindicais, a campanha se faz necessária por diversos motivos, entre os quais conscientizar nossas bases, vinculadas ao Poder Judiciário, onde há pouca presença de negras e negros. Hoje dentro do Poder Judiciário, segundo a Pesquisa Sobre Negros e Negras no Poder Judiciário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 2021, temos que: o grupo de estagiários(as) é o de maior percentual de pessoas negras (33,9%), seguido do grupo de servidores(as) com 30% e magistrados(as) com 12,8%.
Isso se deve à estrutura extremamente rígida, hierarquizada, elitista e fechada, que não permite o acesso dessas pessoas, a não ser como como vítima ou autor de violência e crimes, não tanto quanto aquele ou aquela que vai pacificar ou julgar.
Outra razão pela qual a campanha se faz necessária é porque as entidades sindicais, diante de seu papel social, têm o dever de mostrar a luta do povo brasileiro para existir e resistir, e trazer à tona a necessidade de se debater o fim do racismo de forma incisiva, para que se combata todas as formas de opressão, sejam elas políticas, sociais ou policiais.
.
Voltar