Trabalhadores do Judiciário do MA continuam em greve
- terça-feira, 25 de agosto de 2009.
Servidores das comarcas de São Luís, Caxias, Santa Inês, Codó, Paço do Lumiar, Barra do Corda, Arari, Pindaré, Bacabal, Coroatá, Monção, Imperatriz, Alcântara, São José de Ribamar, Pinheiro, Açailândia, Monção, Mirinzal, Cantanhede, Estreito, Itapecuru, Santa Rita, Vitorino Freire, João Lisboa, Porto Franco, Paulo Ramos, Vitória do Mearim, entre outras, lotaram o auditório da Associação Comercial do Maranhão, na manhã desta terça-feira, 25, para avaliar os rumos do movimento grevista em assembléia geral extraordinária.
A categoria se reuniu logo após mais uma tentativa de negociação com o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão. O presidente Raimundo Cutrim se dispôs a baixar uma portaria indicando três desembargadores para tratar sobre as reivindicações da categoria, mas não autorizou os desembargadores a negociar o abono das faltas. Isto sob a condição de que a greve fosse suspensa imediatamente. Entretanto, em assembléia geral, os servidores não aceitaram a proposta porque ela não incluiu o abano das faltas e, por isso, deliberaram pela continuidade da greve.
"Constituir uma comissão de desembargadores apenas para ouvir os servidores é no mínimo indecente. Se já estamos na batalha, vamos até o final. Não vamos aceitar isso, temos que negociar", disse Emanuel Rodrigues, servidores do juizado da capital.
A assembléia geral contou com a presença do assessor jurídico do Sindjus, Pedro Duailibe Mascarenhas, que prestou esclarecimentos sobre o direito de greve dos servidores, tendo em vista a campanha de retaliações que a administração do TJ tem promovido para desmobilizar a greve. Na semana passada, o Tribunal cortou o ponto dos servidores, inclusive, de vários daqueles servidores que estão de férias, mas participando ativamente da greve.
O advogado Pedro Duailibe também esclareceu os boatos de que os servidores poderiam ser submetidos a processos disciplinares por insubordinação e poderiam até ser demitidos depois de 30 dias de faltas. "Não tem fundamento legal que ampare isso. Ninguém deve se sentir ameaçado. Sempre existe reposição de trabalho após a greve e, por isso, o corte de ponto é historicamente um dos pontos de negociação de qualquer movimento grevista", explicou o advogado. Pedro Duailibe também informou que a assessoria jurídica já impetrou o mandado de segurança para garantir o abono das faltas de todos os grevistas.
Para Raimunda Pimentel, representante sindical regional de Codó, as retaliações aos servidores é uma tentativa desesperada do Tribunal de Justiça para enfraquecer a luta. "O Tribunal de Justiça sabe que as comarcas do interior estão paradas e que muitos processos estão acumulados, mas são eles que não querem negociar conosco", declarou.
Amanhã a greve continua em todo o Maranhão. Em São Luís, a concentração será em frente ao Fórum de Calhau, a partir das 7 hs, e todos os servidores estão convocados para mais um dia de luta. O comando de greve está programando as próximas mobilizações para esses novos dias de greve e também procurou deputados para apoiar a causa.
Para a próxima sexta-feira, o comando de greve programou um panelaço na porta do TJ e conclama os servidores a levarem seus familiares para participar do protesto.
fonte: Poliana Sales-Imprensa Sindjus
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A categoria se reuniu logo após mais uma tentativa de negociação com o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão. O presidente Raimundo Cutrim se dispôs a baixar uma portaria indicando três desembargadores para tratar sobre as reivindicações da categoria, mas não autorizou os desembargadores a negociar o abono das faltas. Isto sob a condição de que a greve fosse suspensa imediatamente. Entretanto, em assembléia geral, os servidores não aceitaram a proposta porque ela não incluiu o abano das faltas e, por isso, deliberaram pela continuidade da greve.
"Constituir uma comissão de desembargadores apenas para ouvir os servidores é no mínimo indecente. Se já estamos na batalha, vamos até o final. Não vamos aceitar isso, temos que negociar", disse Emanuel Rodrigues, servidores do juizado da capital.
A assembléia geral contou com a presença do assessor jurídico do Sindjus, Pedro Duailibe Mascarenhas, que prestou esclarecimentos sobre o direito de greve dos servidores, tendo em vista a campanha de retaliações que a administração do TJ tem promovido para desmobilizar a greve. Na semana passada, o Tribunal cortou o ponto dos servidores, inclusive, de vários daqueles servidores que estão de férias, mas participando ativamente da greve.
O advogado Pedro Duailibe também esclareceu os boatos de que os servidores poderiam ser submetidos a processos disciplinares por insubordinação e poderiam até ser demitidos depois de 30 dias de faltas. "Não tem fundamento legal que ampare isso. Ninguém deve se sentir ameaçado. Sempre existe reposição de trabalho após a greve e, por isso, o corte de ponto é historicamente um dos pontos de negociação de qualquer movimento grevista", explicou o advogado. Pedro Duailibe também informou que a assessoria jurídica já impetrou o mandado de segurança para garantir o abono das faltas de todos os grevistas.
Para Raimunda Pimentel, representante sindical regional de Codó, as retaliações aos servidores é uma tentativa desesperada do Tribunal de Justiça para enfraquecer a luta. "O Tribunal de Justiça sabe que as comarcas do interior estão paradas e que muitos processos estão acumulados, mas são eles que não querem negociar conosco", declarou.
Amanhã a greve continua em todo o Maranhão. Em São Luís, a concentração será em frente ao Fórum de Calhau, a partir das 7 hs, e todos os servidores estão convocados para mais um dia de luta. O comando de greve está programando as próximas mobilizações para esses novos dias de greve e também procurou deputados para apoiar a causa.
Para a próxima sexta-feira, o comando de greve programou um panelaço na porta do TJ e conclama os servidores a levarem seus familiares para participar do protesto.
fonte: Poliana Sales-Imprensa Sindjus
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