8º Conseju não elege nova diretoria da Fenajud. Pleito ocorrerá em 90 dias.
- segunda-feira, 14 de novembro de 2011.
Já na madrugada do domingo, 13 de novembro, em Maceió/AL, os delegados ao 8º Congresso dos Servidores do Judiciário nos Estados (Conseju), depois de produtivos - porém exaustivos - debates praticamente ininterruptos desde a amanhã do dia anterior, decidiram por suspender o Congresso sem eleger a nova diretoria da Fenajud, o que ocorrerá em 90 dias, quando as atividades congressistas serão retomadas.
A programação do evento, no dia 12, teve inicio ainda pela manhã, com debate sobre "novas relações de trabalho no Judiciário", com as participações de Nelson Passagem e Herval Pina Ribeiro, ambos da Unifesp. Em seguida, de tarde, os delegados foram divididos em grupos de trabalho, a fim de debaterem as teses ao evento.
Apesar de inúmeras tentativas, nas articulações políticas, não se chegou à uma chapa de unidade à Fenajud, criando um ambiente polarizado no qual absolutamente nenhum delegado se encontrava indiferente ao processo, pelo contrário, todos acompanhavam/participavam com atenção.
Duas chapas concorrentes à Diretoria da Federação foram inscritas: Chapa 1 - "Por uma Fenajud, democrática e unitária", tendo Volnei Rosalem (SC) à frente; e Chapa 2 - "Avançando na luta", com Luís Fernando Sousa (MG) na cabeça. Bernardo Fonseca, Alexandre Negão, Isaac Linhares e João Maria da Silva, todos potiguares, compuseram a Chapa 2, sendo candidatos, os dois primeiros, aos cargos de Diretor de Comunicação e Diretor Nordeste, respectivamente, e os outros dois, em eleição avulsa, ao Conselho Fiscal.
Após as defesas das chapas, por volta das 20h, o plenário passou a apreciar as contas da atual gestão da Fenajud, enquanto a Comissão Eleitoral preparava, estruturalmente, o pleito.
O plenário reprovou o parecer do Conselho Fiscal, que aprovava as contas. Com isso, parte significativa dos delegados passou a entender que os atuais diretores eram inelegíveis à eleição de logo mais, embora o estatuto da entidade não previsse tal punição. Quatro diretores compunham ambas as chapas. Tal impasse durou horas, levando a Comissão Eleitoral a renunciar. Antes, outro impasse já consumira bastante tempo, que tratava sobre o número de delegados de três bases sindicais. Os suplentes da Comissão Eleitoral assumiram as funções, precisando de mais tempo para se inteirar, lendo documentos, do processo.
Os diretores da Fenajud que compunham as duas chapas renunciaram suas candidaturas, mas, a esta altura, membros das concorrentes já não viam mais condições de realização da eleição. Temiam pela unidade no pós-congresso, além de questões estruturais do momento, como delegados que, muito cansados, já não se encontravam no plenário, entre outras coisas. Propuseram, conjuntamente, a retomada do processo em 90 dias, sendo tal proposta aprovada pelos delegados.
Para Bernardo Fonseca, dirigente do Sisjern e membro da Chapa 2, apesar do desgaste natural neste tipo de embate, o saldo é positivo, pois a disputa, nunca antes ocorrida, mostrava alto grau de convivência democrática na entidade e também de politização de todos os delegados, nenhum deles indiferentes ao processo. "houve um engajamento apaixonante de ambos os lados, não apenas nas chapas, mas na Federação. Passamos por um grande teste e seguiremos unidos", afirma o potiguar.
O Rio Grande do Norte - com 09 delegados e 07 observadores - teve intensa participação.
A diretoria da Fenajud, que teve as contas reprovadas, alega que parte do plenário agiu por interesse politico e, assim, apresentará judicialmente as contas.
Rudson Pinheiro Soares - jornalista
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A programação do evento, no dia 12, teve inicio ainda pela manhã, com debate sobre "novas relações de trabalho no Judiciário", com as participações de Nelson Passagem e Herval Pina Ribeiro, ambos da Unifesp. Em seguida, de tarde, os delegados foram divididos em grupos de trabalho, a fim de debaterem as teses ao evento.
Apesar de inúmeras tentativas, nas articulações políticas, não se chegou à uma chapa de unidade à Fenajud, criando um ambiente polarizado no qual absolutamente nenhum delegado se encontrava indiferente ao processo, pelo contrário, todos acompanhavam/participavam com atenção.
Duas chapas concorrentes à Diretoria da Federação foram inscritas: Chapa 1 - "Por uma Fenajud, democrática e unitária", tendo Volnei Rosalem (SC) à frente; e Chapa 2 - "Avançando na luta", com Luís Fernando Sousa (MG) na cabeça. Bernardo Fonseca, Alexandre Negão, Isaac Linhares e João Maria da Silva, todos potiguares, compuseram a Chapa 2, sendo candidatos, os dois primeiros, aos cargos de Diretor de Comunicação e Diretor Nordeste, respectivamente, e os outros dois, em eleição avulsa, ao Conselho Fiscal.
Após as defesas das chapas, por volta das 20h, o plenário passou a apreciar as contas da atual gestão da Fenajud, enquanto a Comissão Eleitoral preparava, estruturalmente, o pleito.
O plenário reprovou o parecer do Conselho Fiscal, que aprovava as contas. Com isso, parte significativa dos delegados passou a entender que os atuais diretores eram inelegíveis à eleição de logo mais, embora o estatuto da entidade não previsse tal punição. Quatro diretores compunham ambas as chapas. Tal impasse durou horas, levando a Comissão Eleitoral a renunciar. Antes, outro impasse já consumira bastante tempo, que tratava sobre o número de delegados de três bases sindicais. Os suplentes da Comissão Eleitoral assumiram as funções, precisando de mais tempo para se inteirar, lendo documentos, do processo.
Os diretores da Fenajud que compunham as duas chapas renunciaram suas candidaturas, mas, a esta altura, membros das concorrentes já não viam mais condições de realização da eleição. Temiam pela unidade no pós-congresso, além de questões estruturais do momento, como delegados que, muito cansados, já não se encontravam no plenário, entre outras coisas. Propuseram, conjuntamente, a retomada do processo em 90 dias, sendo tal proposta aprovada pelos delegados.
Para Bernardo Fonseca, dirigente do Sisjern e membro da Chapa 2, apesar do desgaste natural neste tipo de embate, o saldo é positivo, pois a disputa, nunca antes ocorrida, mostrava alto grau de convivência democrática na entidade e também de politização de todos os delegados, nenhum deles indiferentes ao processo. "houve um engajamento apaixonante de ambos os lados, não apenas nas chapas, mas na Federação. Passamos por um grande teste e seguiremos unidos", afirma o potiguar.
O Rio Grande do Norte - com 09 delegados e 07 observadores - teve intensa participação.
A diretoria da Fenajud, que teve as contas reprovadas, alega que parte do plenário agiu por interesse politico e, assim, apresentará judicialmente as contas.
Rudson Pinheiro Soares - jornalista
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